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terça-feira, 6 de março de 2012

A corneta de Montevidéu


                         Montevidéu é uma cidade maravilhosa.

                        A capital uruguaia é um colírio, principalmente para quem gosta de uma cidade antiga e culturalmente avançada.

                        A praça Independência, onde se encontra o Mausoléo em homenagem ao herói nacional José Artigas, é uma das mais bonitas da América do Sul.

                        Nas proximidades da praça Independência com a 18 de julho, temos o Palácio Salvo, inaugurado em 1925, e que à época era a torre mais alta da América Latina.

                          O Banco de la República Oriental em estilo neoclássico, construído em 1938, e que tem em sua entrada um monumento em homenagem a Artigas, é uma das maravilhas da capital uruguaia.

                        O Teatro Solis, próximo à praça Independência é uma obra de arte que enche de orgulho o povo uruguaio.

                        Montevidéu é a capital da América do Sul com o maior número de museus. O Museu Histórico Nacional (Casa de Garibaldi) é um local de visita obrigatória.

                        O Mercado del Puerto e suas carnes maravilhosas e cervejas geladas é um excelente  ponto de encontro.

                        E o que falar do Estádio Centenário? É o palco da primeira Copa do Mundo em 1930.

                        Em 2003 assisti a estréia do nosso tricolor na Libertadores da América contra o Peñarol neste estádio. Ao chegar no Centenário observei que havia vendedores comercializando cornetas. Uma com as cores do nosso adversário uruguaio e outra com as cores da escola de Samba Mangueira (sou torcedor da Portela). Acabei comprando a corneta mais feia para não ficar com a do Peñarol.

                        Essa corneta tem uma história curiosa: Ela foi comigo em todos os jogos do Grêmio em 2003. Foi um ano duro (escapamos da 2ª divisão graças ao excelente trabalho do treinador Adilson Batista e dos queridos amigos Saul Berdichevski e Evandro Krebs).

                        Porém, no último jogo em que nos livramos do rebaixamento, contra o Corinthians, no Olímpico, a corneta cansou.

                        Hoje ela está em meu gabinete em casa junto aos meus livros e outras coisas do Grêmio.



Artur Ferreira

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