Em 1967 o Grêmio jogou uma partida em Rio Grande contra o
Esporte Clube Rio Grande pelo campeonato gaúcho. Quando faltavam 10 minutos
para o final da partida, o centroavante do tricolor Alcindo Martha de Freitas
foi expulso. O jogo estava zero a zero.
Alcindo era um jogador extraordinário. Goleador, com uma
técnica apreciável e extremamente valente.
O próximo jogo seria Grenal.
E Grenal sem Alcindo não tinha graça. O nosso craque tinha que cumprir a
suspensão automática, pois não se obteve o efeito suspensivo da pena.
A direção do clube apelou ao ministro da Educação e Cultura,
Tarso Dutra, que além de gaúcho era gremista. O ministro através de uma
resolução do MEC autorizou Alcindo a jogar.
O Grêmio foi imensamente superior com duas bolas na trave e
com pênaltis não marcados, porém o SCI foi o vencedor por um a zero.
Um empresário da
minha cidade (Bom Jesus), e parente do Sr. Tarso Dutra, e com forte influência
política na região, sentenciou: “Aqui o Tarso Dutra não vai ter mais votos”.
O “profeta da Serra” se enganou feio. Tarso que havia sido
eleito deputado estadual e federal pelo PSD, e posteriormente, pela ARENA,
continuou sendo bem votado em Bom Jesus e na bela região dos Campos de Cima da
Serra . Mais tarde foi senador através do voto em 1970 e em 1978 “senador
biônico”. Mais essa é outra história.
E o jogo em Rio Grande como terminou? Com a saída de Alcindo
o seu companheiro de ataque João Severiano (Joãosinho) fez dois gols em 10
minutos e ganhamos por 2 x 0.
Artur Ferreira
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