A volta dos treinos fechados no Grêmio

Desde a saída do técnico Silas em agosto do ano passado não tinha mais treinos fechado pelos lados do Olímpico. Renato não fazia treinos fechados, mas escondia a escalação fazendo mistério.

Mas agora com o técnico Celso Roth, os treinos fechados voltaram à tona, principalmente para o Clássico Grenal 388. Roth vai fechar os treinos dessa quinta e sexta feira.

Nem o próprio treinador gremista acredita que o fato de fechar os portões nos treinos mais importantes da semana será suficiente para surpreender o adversário no domingo:

— Quando a gente fecha o treino, é para ter mais privacidade. Surpreender o Inter é um pouco difícil — disse o técnico Celso Roth.

Renato passou mais de um ano à frente do Grêmio. Jamais fechou os portões do Olímpico durante um treinamento, mas também evitava antecipar a escalação. O eterno ídolo da torcida gremista acha que, em jogos como o Gre-Nal, o mistério pode sim fazer a diferença:

— O fato de esconder sempre cria uma dúvida na cabeça do treinador adversário. E ele vai continuar trabalhando a equipe dele com as dúvidas. Quando mais dificultar para o treinador adversário, melhor. Isso ganha jogo sim, ajuda bastante — disse Renato, quando ainda estava no clube.

Depois de Renato, Julinho Camargo assumiu o comando, se dizendo favorável aos treinos fechados antes de jogos importantes. No entanto, como ficou muito pouco no cargo e não teve chance de colocar em prática o que pretendia.

No treino desta última quarta, aberto, Celso Roth testou duas formações. Começou o trabalho usando o 4-4-2, com Miralles e Brandão no ataque. Depois, na segunda parte do treinamento, ocorreu a mudança dos argentinos. Saiu Miralles para entrada de Escudero, que jogou mais recuado pela esquerda, no 4-2-3-1.

Nas duas formações, Douglas e Marquinhos foram os titulares. Fernando, que se reapresentou depois da participação no Mundial Sub-20, ficou na equipe reserva.

Outra dúvida que será levada por Celso Roth até minutos antes de a bola rolar está na lateral-esquerda. Bruno Collaço ou Julio Cesar. Um dos dois inicia o clássico, com uma tendência maior para a estreia do reforço.