AMIGOS IMORTAIS
Desde o ano 2000 duas correntes se devoram no Grêmio. Uma querendo exterminar a outra. Este clima tem desfecho lógico, nunca nenhuma delas - corrente/tese - ganha nada relevante, alguns míseros gauchões, uma Copa do Brasil e um título da 2a divisão em 11 anos. Isto me parece evidente e cada vez mais comprovado. A varredura atinge também as conquistas. Na década de 70 não vencíamos absolutamente nada. Eles foram octa e tri brasileiro. Em meio a isto surgiu um Dourado que terminou o Olímpico interrompeu a série deles e nos fez grande ganhando o Brasileiro. Logo a seguir surgiu um Koff que nos fez Americanos e Mundiais, pioneristicamente. Nem dá para contar os títulos deste período de tantos que foram. Se quisermos voltar a ser o que éramos terá que surgir um outro Dourado e ou um outro Koff. Não vejo nas grandes lideranças de hoje alguém que não siga nossa trilha autofágica e se intenções íntimas nelas existem, o entorno obstaculiza a prática. Os últimos entraves políticos foram muito claros nisto. Como sair deste brete ? Somente alguém que se imponha, e muito, que seja decidido ao extremo, a ponto de cortar na própria carne a ´resistência`, pode promover a pacificação no clube. Como exatamente isto se daria ? Francamente eu não sei, mas tenho convicção que sem isto não vamos a lugar nenhum. Quem seria o messias ? Também não sei, só sei que não vejo nos nomes conhecidos alguém capaz disto - sempre numa opinião muito pessoal e com todos os riscos dela, tais como o de cometer injustiça, o de me esquecer de alguém, sem contar o risco sempre presente de ferir suscetibilidades, com os quais eu francamente a estas alturas não mais me importo porque estou vendo o Grêmio cada vez ingressar mais profundamente num caos político e cavar seu próprio poço. Sei que tem de ser alguém que esteja realmente comprometido com o clube, e com o ideário dos seus fundadores. E vou insistir no tema: nem que tenha que cortar na própria carne, alguém que diga vamos assim e quem não quiser assim por favor que pegue a sua escova de dentes e saia. Claro, eu sei, futebol é dinâmico, cíclico, lida-se muitas vezes com o imponderável .... Eles podem fracassar ali ali ali, nós podemos vencer o campeonato, e ai tudo se ajeita ... um pouco ..... uma bonança passageira como a nuvem do Hermes Aquino. O atual Presidente Odone podia ser este o Cara? Não é o que fez nos últimos episódios políticos do clube. E não vejo nele indícios de mudança até porque tal qual está posto o cenário atual a mudança não depende somente dele, depende do ´entorno`, interior e exterior..... Se isto ocorrer. Mas, sabe-se lá, tudo muda, tudo anda, até a fila....se isto ocorresse, se Deus fosse tão grande que pudesse nos abençoar .... eu enviaria uma mensagem astral a Lennon dizendo que o SONHO NÃO ACABOU. Até lá vamos viver muitas emoções e de esporádicos episódios épicos como a Batalha dos Aflitos, que se fortalecem a mística da imortalidade e da tradição da camisa não altera o fato de sua eventualidade: as epopéias não acontecem todas as quartas e domingos. Que os Deuses do futebol nos abençoe só assim...mas eu NUNCA DEIXO DE ACREDITAR ANO GRÊMIO.
OBS. PRECISO REGISTRAR QUE A IDÉIA DESTE TEXTO PARTE DE UMA CONVERSA REFLEXIVA COM O AMIGO DO PEITO NESTOR HEIN CONSELHEIRO DO CLUBE.
Carlos Josias Menna de Oliveira
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