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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Nildo e o “programa para índio”


                      Em abril de 1994 o tricolor jogaria em Santana do Livramento contra o Grêmio Santanense. O atrativo era a estréia de Nildo. Convidei um amigo para irmos ao jogo, pois o substituto de Gilson “cabeção” iria estreiar. A resposta: “Estás brincando. Viajar mil quilômetros para assistir ao tal de Nildo? Nunca ouvi falar desse jogador. Isso é programa de índio”.

                        Então coloquei em prática “o programa de índio”. Convidei a minha mulher (natural de Livramento) e meus filhos. Assisti ao jogo nas cadeiras do Clube Santanense, ao lado de meu filho e do vice-presidente jurídico, Renato Moreira.

                        O resultado não poderia ser melhor: Vencemos por um a zero. O gol  dele, aquele do “programa de índio”. Um belo gol de cabeça, em um escanteio cobrado por Cláudio Freitas.

                        Tenho convicção que neste dia iniciou aquele que foi um dos períodos mais gloriosos da história do tricolor (94/97). Esse período eu resumo como “o momento mágico”. Foram muitas emoções.

                        Para coroar o “programa de índio”, fomos à final da Copa do Brasil contra o Ceará, depois de eliminarmos o forte time do Corinthians, comandado por Marcelinho Carioca. No último jogo, um a zero (gol dele e de cabeça). Grêmio campeão da Copa do Brasil.

                        Como era bom aquele período do “programa de índio”. Koff presidente; Cacalo vice de futebol; Luiz Felipe treinador e Paulo Paixão na preparação física.

                        E tudo começou naquele dia em Santana do Livramento e no maravilhoso “programa de índio”.



Artur Ferreira

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