A pior coisa que o torcedor
detesta em um atleta é a indiferença do mesmo para com o resultado de seu time.
No final de 1968 o Grêmio trocou
um jovem de muito futuro (Zeca), que mais tarde retornou ao tricolor na
condição de auxiliar-técnico, e então conhecido como Zeca Rodrigues, por um
atleta em final de carreira (Tupãzinho). O Palmeiras foi o clube beneficiado pela
troca, pois Zeca foi um jogador discreto, mas eficiente no clube paulista, e
inclusive tendo sido bicampeão brasileiro no início dos anos 70.
Tupãzinho não se afirmou no
Grêmio e logo foi dispensado. Porém, uma
frase do ex-craque de Bagé foi de deixar o torcedor muito triste. Ao ser perguntado por um repórter se não
estava chateado com a condição de reserva, afinal era um jogador consagrado, o
ex-palmeirense respondeu: “O que eu quero é chegar no banco e saber que o meu
salário está depositado”.
Na Era do Profissionalismo não
se espera mais o amor à camiseta de um Lara, Luiz Carvalho, Foguinho, João
Severiano, Ortunho, Airton, Sérgio Lopes, etc., porém pelo menos um pouco de respeito pelo
clube que garante o seu sustento e de sua família.
Por isso é que lembro do
zagueiro Domingos que ao ser expulso no Estádio dos Aflitos , no jogo contra o
Náutico, em 2005, ao chegar nos vestiários, deu um chute no vaso sanitário. Domingos
estava inconformado com a expulsão, pois aquele era um jogo decisivo para a
vida do tricolor.
Agora Domingos acaba de ser
contratado pelo Esporte Clube Guarani de Campinas. Torço para que o nosso
ex-zagueiro seja feliz no bugre campineiro, aquele mesmo clube que eliminou o
SCI em pleno Beira-Rio, em 1978 (Capitão, Zenon, Careca e Bozó).
Artur Ferreira
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