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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O DOMINGO DO MENINO OTÁVIO: RAIO DE ALEGRIA QUE ILUMINA A VIDA. O DOMINGO DO @desejoazul O DOMINGO DA VITÓRIA.





AMIGOS IMORTAIS:
O dia amanheceu lindo, ensolarado, vento frio, é verdade. O calçadão de Ipanema estava repleto de pessoas bonitas. Mas nada seria tão bonito como a tarde que se avizinhava. Havia algo de especial no azul do céu que era mais azul do que todos os que povoaram a imaginação fértil do poeta Paulinho da Viola que não conhecia o Grêmio quando não conseguiu definir aquele azul. Não, aquele azul não era do céu, nem era do mar, muito menos do rio que lhe passou pela vida. Aquele azul tinha as veias do @educaminha1, da @ denirvieira, da @betinhapribeiro, aquele azul tinha a presença determinada e forte do Marcelo Aiquel e, sobretudo, tinha carinha feliz do menino Otávio. De mãe e de pai que já não cabiam em si às 17 horas. Aquele azul era do Grêmio. A tarde prometia. O Grêmio vinha de uma seqüência de atitudes que antecipava que a tarde seria tricolor. A tarde já tinha dono e era de um Grêmio Menino nos seus mais de 100 anos representado por um garoto iluminado que se postava como único, mas representando tantos quantos somos em mais de 7 milhões num clube que tem a grandeza dos corações de uma torcida apaixonada que faz mais do que uma avalanche – neste domingo, o Grêmio teve um dono, um dono diferente de todos. O domingo tinha Otávio. Bem, e depois Douglas. Otávio rumou no colo do pai pelo pátio com a felicidade contagiante dos inocentes. Quem disse que os inocentes fazem silêncio? O sorriso dele desfilou angelical em meio a milhares de camisas em azul, preto e branco vestidas por todas as idades, e, finalmente ele estava ali, junto a algumas dezenas de crianças como ele, fardadas da cabeça aos pés, enfileirando-se para entrar no gramado sagrado de um Olímpico que vive e pulsa ainda que a Arena lhe acene em despedida. A caminhada até pisar o solo de tantas conquistas foi amenizada pelo colo paterno, talvez tão ou mais ansioso do que ele. Era chegado o momento. Como gritava o inesquecível repórter – não posso deixar de recordar o nome de Lupi Martins – “ai vai o Grêmioooooooooooooooooooooooooo” - e, claro, quem poderia ser o primeiro ? A Muralha. Victor. Ninguém melhor nem mais emblemático do que ele para segurar no colo, com o carinho e a bravura de quem defende um pênalti, o menino Otávio. Victor sério, como sempre, compenetrado e focado como nunca, amassou o menino no colo e lá se foi liderando o time para o centro do gramado com o coração pulsando em batidas com o de Otávio que com os olhinhos brilhando de felicidade via tudo muito mais do que todos nós juntos. Ele engolia com os olhos toda a ternura da vida e a emoção do estádio. Esta vitória já estava conquistada antes do apito. Nem o apito nos derrubaria neste domingo. Estava escrito. Otávio não deixaria. Ninguém nos roubaria essa vitória, por mais esforço que pudesse haver no forte adversário, e, porque não dizer, nesse juiz que, invariavelmente, pouco ou nada vê a nosso favor. Nós tínhamos Otávio, tínhamos Victor e Douglas. E se temos eles .. quem será contra nós ? E eu estava ali, encantado com essa alegria comovente, não sabia se ria ou se chorava. Confesso que poucas vezes, talvez nem nas maiores conquistas que tive a ventura de viver me senti tão gratificado. Alguns velhos amigos, de imprensa e clube, vinham falar comigo, me dizia coisas e coisas e eu não escutava. Estava surdo. Mudo. Mas não estava cego. Conheci na minha juventude um amigo, de nome Edílson, que não sei por onde anda. Lá pelos seus 14 anos ele compôs uma poesia que me socorreu a memória naqueles momentos de encanto e emoção. Ela dizia:


Raio de alegria que ilumina a vida
Quando é que vens ?
Raio de alegria que alegra a alma,
Quando é que vais ?
Porque quando sais deixas a tristeza em teu lugar
E o me coração chora !


Olhei para Otávio voltando no colo do Toninho que carinhosamente lhe repassou ao pai. E pensei: raio, nunca mais vais sair de mim ! Que domingo senhores. Rodou na minha cabeça um filme imenso. Lembrei dos meus filhos, de algumas coisas que fiz, de outras que deixei de fazer, de algumas que fiz de bem e de mal, em um segundo. Me recordei dos versos de Thiago de Mello em seu impecável Estatutos do Homem:


O homem, confiará no homem
como um menino confia em outro menino.
Decreta-se que nada será obrigado
nem proibido,
tudo será permitido,
inclusive brincar com os rinocerontes
e caminhar pelas tardes
com uma imensa begônia na lapela.
Este Domingo foi o domingo do Otávio. Foi o domingo da vitória. Otávio um menino de 6 anos: um Imortal ! E. na boa, só pra nós, foi o meu domingo pela graça deste pessoal que ama sem medidas do @desejoazul
Preciso comentar o jogo ?
Por favor !
Saudações tricolores.

Carlos Josias



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