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segunda-feira, 5 de agosto de 2013


                                  

COLUNA DO CARLOS JOSIAS : Diretor Jurídico do Grêmio 93/98, Conselheiro 94/2010 e Vice-Presidente 2005/07. Josias @cajosias é colunista do Grêmio Blog dos Imortais. www.facebook.com/cjosias.






SE BORRARAM. A BORRADEIRA QUE ENTRA PARA A HISTÓRIA.




Há jogos que passam para a história pelos mais diversos, e muitas das vezes inusitados, motivos, e passam a ser lembrados para todo o sempre por uma ou outra marca especial. Alguns já nascem na história dada a circunstância que o antecede. Outros  que o que os leva à história são exatamente as circunstancias em que se passou. Com os GREnais é assim. O 1o clássico GREnal já nasceu com a marca histórica, inevitável, seria o primeiro. O que ninguém sabia é que seria também aquele da maior goleada de todos os clássicos, 10 x 0.  O GREnal do Cinquentenário também nasceu histórico, findou 2 x 1 para o Grêmio mas o resultado ficou quase secundário, venceu, e era histórico e pronto. O mesmo se passou com o GREnal do Centenário, até no resultado. O 1o GREnal do Olímpico, nascia histórico, mas também pelo resultado fincou página, 6 x 2 para o Inter. O GREnal Farroupilha foi diferente, poderia ser uma taça qualquer, se tornou histórico pelas circunstâncias e pela promessa dos atletas vencedores, do Grêmio, que juraram comemorar o feito por 100 anos - e ano a ano o pacto é cumprido o que é inédito no mundo esportivo ainda hoje. Alguns outros menos cotados ficaram conhecidos pelos nomes de alguns atletas - que nem sempre frutificaram como jogadores a posteriori - casos do Jorge Veras, Borracha, Diego, Lins, entre outros. Sem contar os GREnais que queimaram goleiros que nunca mais jogaram, como Breno.
O de ontem era daqueles cuja realização passava para a história na origem, era o primeiro GREnal na Arena. Veja que quando o B Rio estiver pronto não será o 1o daquele Estádio, apenas o primeiro pós reforma, o espaço é o mesmo de sempre e tantos anos.
Pois o GREnal se encaminhava para o fim sem novidades, jogo típico do clássico, com muito empenho, muita garra, tecnicamente fraco e taticamente duvidoso, salvo pela surpresa do 3 x 5 x 2 que dá para dizer que funcionou, alguns chiliques do Dale - normal - a grande massa torcedora anfitriã sendo receptiva a tudo e fazendo uma festa, e a visitante na boa. Tudo corria para um desfecho sem maiores ´marcas` a se guardar na história, salvo a já consagrada antes do apito inicial.
Eis que de repente a notícia. Parte da torcida colorada literalmente ´se borrou`. Não há como registrar o fato com outro termo, porque a porcaria já havia se perpetrada. Digo parte porque foi parte mesmo, mas o fato é que esta parte entra para a história e,  inevitável, vai comprometer, também, historicamente os demais, porque o jogo passa para a posteridade como o O GREnal EM QUE UMA TORCIDA SE BORROU.



A tal Guarda Popular que já teve um líder que armazenava no ânus alguns artefatos, como foi flagrado em batida policial e ganhou manchete jornalística, agora se borra perna abaixo na ARENA.
Interessante que isto se dá justamente na semana em que ouvi de forma exaustiva num programa de rádio em Porto Alegre, onde um chiliquento bradava histericamente, que esta torcida havia sido extinta pela direção do SCI.
Bem, o dia de ontem ficou marcado por este fato fedorento. Sugiro que sejam identificados os borrados e no próximo GREnal da ARENA o Grêmio ofereça, junto com o ingresso um PENICO. E que não se confunda estes bagaceros com a imensa torcida colorada e muito menos com aqueles que no jogo fizeram a alegria de um GREnal com duas torcidas, agregados a um deslumbramento diante de um Estádio já tido como o mais bonito do mundo. Não se pode dar caviar para porco.

Abs


Carlos Josias