Não pude ver o jogo de sábado. Na verdade nem os gols conferi. O resultado não dá prá dizer que foi normal porque o Coritiba é um time vencível e quem quer ser campeão não pode perder um jogo contra os paranaenses, mas não posso deixar de registrar que - sem desistir do título - alimento pouco e com desconfiança esta esperança de vencer o campeonato. Penso que nos ´ajeitamos` em meio à competição e não se ganha - não é a lógica - um campeonato deste porte montando-se time com o andamento da disputa. Já falei sobre isto aqui, trocar o pneu com o carro andando é risco alto de acidentes como o de ontem. Por estas e outras que acho bem viável vencer a Sulamericana na medida em que nesta vamos ter onze prontos na fotografia e um banco bem aceitável - com treinador. O fato, contudo, é que ao contrário de outros anos quando nos arrastamos Brasileirão adentro - afora o título posto fora na infeliz éra Roth - jogando e pontuando mediocremente, neste o Grêmio faz uma boa campanha que enseja boa classificação e vaga para a LA, o que parece já ser um bom prêmio, considerando que nas ultimas competições a vaga tem sido o único troféu que aspiramos. Quando se tem uma campanha de time grande, vencendo como estávamos fazendo, com a lição de casa bem cumprida e ganhando fora, um tropeço eventual - e espero que seja eventual mesmo - faz parte do jogo. Não dá prá reclamar. O Bahia se afigura como adversário a ser batido, com o que se avizinha nova vitória que pode nos colocar de novo no páreo - quem sabe - e nos integrar bem no bendito G4. Há anos tenho pregado que quando o líder tira 9 pontos de diferença não pode ser alcançado, regra quebrada justamente pelo cavalo paraguaio, Roth, que mesmo com 11 pontos à frente foi incompetente para segurar as rédeas. E digo isto porque não basta passar do líder com 9 prontos à frente, o que já é uma tarefa hérculea, mas há também que se torcer por uma série de resultados negativos e improváveis de quem fica em meio à esta distância. Este ano há uma diferença, ou duas: além do campeonato ainda estar no nascedouro, o líder, Atlético Mineiro, é um velho perdedor, o seu último título faz mais de 40 anos e com o dentuço jogando nunca se sabe o que se verá pela frente, ele desiquilibra mais prá baixo, ultimamente, do que prá cima. E Cuca sempre será o Cuca, na hora do pega prá capar, parece que ele se revela Eunuco. Mas tem outros neste ´entrevero` que precisa sem alcançados, tínhamos feito isto com o Flu, mas o Coxa nos parou. O Grêmio está bem, parece que isto é o que mais importa. Não sei, porque não vi, como disse, os defeitos que tivemos contra o Coritiba, fora o natural de não sabermos manter um resultado com o jogo tão perto do fim. Por uma ou por outra, ou por qualquer uma, o Pulso ainda pulsa. A torcida é para que a festa não seja mais uma vez, na churrascaria, de quem vencer a eleição. Nos últimos anos o Grêmio só festeja eleição desta ou daquela chapa, no campo alguns copos de cerveja na Métropole ou no Bar da Beth, e olhe lá.
@cajosias
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C JOSIAS MENNA DE OLIVEIRA
