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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Caio Jr, novo Técnico do Grêmio

Após a derrota no Grenal de ontem o Preseidente Paulo Odone anunciou a contratação do técnico Caio Jr. que comandará o time na temporada de 2012.
Em uma breve coletiva Odone disse as seguintes palavras sobre Caio Jr.,
"— Vocês sabem que é o Caio Junior. Vamos começar a fazer as apresentações para a próxima temporada a partir desta segunda-feira — disse o presidente Paulo Odone após a derrota por 1 a 0 no Gre-Nal.
— O Caio foi o primeiro técnico que nos procurou. Ele declarou pessoalmente que tem o sonho de treinar o Grêmio. Ele foi meu jogador no meu primeiro exercício como presidente do Gremio. Ele conhece nossa realidade, tem o mesmo estilo que nós e tem capacidade de comandar a equipe — completou Odone"
.


Caio Jr, começou sua carreira no Grêmio  chegando ao Olímpico como Luiz Carlos Saroli com 14 anos de idade em 1980. O jogador sumiu de Cascavel, sua cidade natal, em ação de Sérgio Lopes, ex-meia do Grêmio, que o levou para o Porto Alegre. Revelado pelas categorias de base, tornou-se atacante do plantel profissional em 1985 e teve importância fundamental no título do Gauchão daquele ano, ao conquistar a artilharia do campeonato e fazer um gol na final contra o Inter. Ficou no Grêmio até 1987, quando se transferiu para o Vitória de Guimarães, de Portugal.
Seguiu em terras portuguesas até 1994, quando acertou sua volta a Porto Alegre. No entanto, veio para o rival Inter e conquistou o Gauchão daquele ano. Mas a permanência no Colorado durou pouco e no ano seguinte retornou a Portugal para atuar no Belenenses. Até encerrar sua carreira em 1999, passou por Novo Hamburgo, Paraná Clube, XV de Piracicaba-SP, Iraty-PE e Rio Branco-SP.
Sua atuação do lado de fora das quatro linhas começou entre 2000 e 2001 como Supervisor Técnico do Coritiba. Assumiu o treinamento de um time pra valer em 2002, quando deu o vice-campeonato estadual ao Paraná Clube, que ajudou a ser pentacampeão paranaense em 1997. Depois de passar pelo Cianorte-PR, Londrina, Juventude, voltou a Paraná em 2006 e conquistou uma vaga inédita na Libertadores.
Em 2007 comandou o Palmeiras no Paulistão, Copa do Brasil e Brasileiro, mas a campanha irregular no nacional causou sua demissão. Eleito pela CBF como um dos melhores técnicos da competição, não precisou de muito esforço para logo se arranjar no Goiás no ano seguinte. Ainda em 2008 passou pelo Flamengo, fez boa campanha no Brasileirão, mas não agradou a diretoria.
Um ano depois, após uma curta passagem pelo Vissel Kobe, no Japão, assinou contrato com o Al Gharafa, do Qatar, por dois anos. No Oriente Médio, foi campeão da Liga do Qatar, Stars Cup e Copa do Sheik, além de ter sido eleito o melhor técnico do país pelo Comitê Olímpico. Em março deste ano acertou com o Botafogo no lugar do técnico Joel Santana. À frente da equipe alvinegra durante 47 jogos, venceu 21 e perdeu 14, sendo que a última derrota, para o América-MG, lhe custou o cargo.
O novo técnico do Grêmio já está na Capital. Caio Junior deve ser apresentado às 17h desta segunda-feira, na sala de convenções do Estádio Olímpico. A direção do clube cogitou realizar um grande evento na Arena, como aconteceu com o atacante Kleber, mas, por fim, optou por uma cerimônia mais simples para oficializar o comandante.

No início da tarde, antes do primeiro contrato com a imprensa, Caio Junior deve se reunir com os dirigentes do Grêmio para efetuar a assinatura do contrato. De acordo com Paulo Odone, o treinador foi o primeiro a procurar o tricolor, revelando o sonho de treinar o clube.
— Caio tem o nosso estilo. Montará um time competitivo — afirmou o presidente.
O acerto ocorreu na terça-feira da semana passada. Junto com o treinador, virão os auxiliares Sulivan Dallavalle e Almir Rodrigues.

Logo abaixo a entrevista coletiva na íntegra de Caio Jr.


 "Eu tenho pouco a falar, mas quero dizer que a vida nos reserva situações incríveis. Momentos de felicidade. Me sinto muito feliz nesse momento. Em 1980 chegava aqui com 15 anos para tentar ser jogador do grêmio. Morei aqui, passei sete anos e por causa do grêmio fui vendido e fiz a minha vida. Saí em 1987 com o mesmo presidente que me traz de volta agora. Vinte e quatro anos depois eu volto com a missão de ser o treinador."

"Voltar aqui como treinador é muito importante. Treinador vive de resultados. Estar aqui é uma realização profissional e me sindo preparado para isso. É o momento ideal para eu assumir uma equipe como o Grêmio. Vai ter um grande profissional aqui e teremos muito trabalho. O grêmio vive um momento de transição. Não foi um ano bom em termos de resultados. Existe uma necessidade de mudança e iremos trabalhar para começar bem a temporada de 2012. Estou muito feliz e quero agradecer a direção do grêmio por ter confiado no meu trabalho. Não vai faltar vontade para isso."

 Mudança de perfil: No aspecto tático, pelo o que venho observando o Grêmio, a equipe precisa ter mais velocidade. Não é fácil, sempre gostei de equipes que tenham posse de bola. Futebol moderno precisa disso. Isso ajudaria muito a fazer do Grêmio a equipe competitiva que o torcedor quer. Eu tinha como projeto treinar o grêmio. Me sinto preparado para esse desafio. Nada melhor do que em uma equipe que você tem uma história."

"tem muita coisa aqui dentro que faz parte da minha vida."

 comparação com o Renato: "todos tem direito a ter essa oportunidade. No brasil é muito instantâneo e os trabalhos são avaliados apenas em uma temporada. No próprio grêmio quem fez sucesso foi quem permaneceu mais tempo, como o Felipão e o Mano. Isso aconteceria comigo no Botafogo, mas o futebol é muito dinâmico e aconteceu a minha saída, que culminou na minha entrada no Grêmio."

Avaliação dos reforços: "temos que trabalhar. Não é quantidade. Temos que ter qualidade. A contratação do Kleber é um exemplo disso. Tenho certeza que ele vai fazer um grande ano. Vamos fazer de tudo para que ele renda o máximo. Os outros jogadores são investimentos do grêmio. Foram contratações com a convicção da diretoria"

Avaliação do grupo: "O trabalho dos dirigentes não é fácil nessa época do ano. Você precisa fazer um balanço. O ideal é trabalhar com cerca de 27 atletas. Temos o tempo suficiente para tomar as decisões. Temos que valorizar a base e dar oportunidade para os jogadores que tenham qualidade e potencial. Vamos analisar isso com muita calma."

 "O torcedor quer o resultado. Não é diferente em nenhum lugar. Para ganhar um título nacional, você tem que dar tempo e observar o trabalho. No futebol existe o trabalho a longo prazo, temporada, mas também o jogo. A manifestação positiva ou negativa faz parte do trabalho. O trabalho vai convencer o torcedor. Esse é o trabalho do treinador. E é isso que eu vou fazer."

"Todos os esquemas táticos devem fazer que os melhores joguem e rendam bem. Vai ser um esquema equilibrado. Mas não abro mão do ataque. Não sei se por eu ter sido atacante, mas as minhas equipes procuram muito o gol. O ideal é quando uma equipe busca o gol e tenha poucos problemas defensivos. E os jogadores devem se sentir felizes também."

"O primeiro título de 1985, o Grêmio não era campeão há algum tempo. Fui um jogador lançado pelo Rubens Minelli e fiz o gol do título. Foi o meu primeiro título e fui o artilheiro. Acho que esse foi o mais importante"

sobre o ataque da equipe: "A velocidade. Temos que conseguir essa variação e não ser uma equipe só técnica. Temos que ter essa mudança. De posse de bola para velocidade. Você precisa desse tipo de jogador. Vai ser um trabalho para o Pelaipe buscar esse jogador que vai me ajudar a partir de janeiro. Estive nesse final de semana vendo o Barcelona, e não são só posse de bola. A mudança está aí, buscar a velocidade nas jogadas"

Douglas: "Ele é um jogador técnico, do passe. Até para que a equipe tenha mais oportunidades de gol. Ele joga em uma zona restrita do campo."

 estada na Espanha: "Foi uma mistura de turismo com profissionalismo. Tenho alguns conhecidos e uma coisa que foi maravilhosa, é que fui recebido pelo próprio Messi, por conta de ter treinado o primo dele, o Maxi, que jogou no Flamengo. COnversei com o Messi por 20 minutos e o que me chamou a atenção foi a humildade dele. Se o melhor do mundo é humilde, os outros precisam ser mais humildes que ele. E cada vez mais vou ter convicção no que eu vinha fazendo . Os atacantes tem que pressionar a saída de bola. A participação deles sem a bola. O jogador brasileiro tem que ter a sua humildade."

"Acho que não existe privilégio no futebol. Se a equipe estiver compacta, fica fácil para todos marcarem. Mas se acontecer esse distanciamento, fica mais difícil."

"Eu não asssisti o Gre-Nal, só vi os lances do jogo. Tem muita coisa para avaliar, conheço os jogadores."

"Acho que o trabalho de motivação é importante. Sempre trabalhei com a psicologia. Tem que estar associada a comissão técnica. O jogador tem que ter a obrigação da motivação. Mas acontecem quedas de rendimento. Temos que trabalhar isso."

 "A ideia é uma mudança de perfil, uma mudança de atitude."

"Em relação ao Grêmio me preocupei muito. O celso foi meu preparador aqui no grêmio. Em nenhum momento abri a possibilidade de negociar com o Grêmio enquanto tinha um profissional aqui"

"Em relação ao Botafogo, prefiro não entrar em detalhes. Há muito tempo, não tinhamos a possibilidade de título. Mas o meu trabalho encerrou no jogo contra o América e agora o foco é aqui no Grêmio"

"Milhares de jogadores estão fora do brasil. Não é fácil trazer de volta. Essa função é uma das mais difíceis do futebol, ainda mais nesse período, esse ciclo é complicado."

"Acho que um fator positivo que já existe e tem que ser ressaltado é o fator casa. Jogar aqui no Olímpico tem que ser uma pressão forte do torcedor. Jogar o tempo todo em cima do adversário. Mas isso tem que ter um peso grande. Isso acontece com uma equipe objetiva e com confiança. Temos que conquistar isso.


Essa foi a entrevista coletiva do Caio Jr. novo técnico do Gremio. Boa Sorte!!!!!!

@Leonardoimortal




O ANO TERMINA COM A CARA DO TIME

Ontem o Gremio realizou a ultima partida do ano, e foi com derrota no Grenal, nao podia esperar muito de um time que teve mais baixos do que altos durante o ano.
Em um estado onde o futebol é muito mais do que um jogo de bola, onde sujeitos correndo de vermelho ou de azul formam a identidade cultural de um povo, há duas tatuagens na pele de boa parte dos habitantes: o clássico Gre-Nal e a Libertadores da América. Experimente juntar as duas coisas. Tente imaginar o que seria vencer um Gre-Nal e, por causa dele, ir para a Libertadores da América. Ou pergunte a um colorado. Ele saberá responder o que representa a junção dos sentimentos, porque o Inter, com vitória de 1 a 0 sobre o Grêmio neste domingo, no Beira-Rio, garantiu presença na edição de 2012 da maior disputa do continente – aquela mesma que vermelhos e azuis ganharam duas vezes cada.
Foi um Gre-Nal histórico, reunindo um time louco pela vitória e outro doido para evitá-la. O Grêmio não foi mal. Deu provas factuais disso ao mandar duas bolas na trave de Muriel. Mas quem ganhou foi o Inter. Quem foi à Libertadores foi o Inter. O domingo é dos colorados. O fim do ano é deles.
O gol do Inter, nenhuma novidade, foi de D'Alessandro, a melhor figura em campo. Ele cobrou, no segundo tempo, pênalti sofrido por Oscar. Assim, permitiu que o Inter fechasse o Brasileirão na quinta colocação, com 60 pontos. O Grêmio vai para a Sul-Americana.
Jorge Luis Borges, escritor argentino que não dava a mínima para futebol, certa feita criou o conceito de Aleph. É, nos delírios dele, um pequeno ponto luminoso que, na prática, é o mundo todo. Nele, se vê tudo que acontece (e que já aconteceu): cada episódio ao mesmo tempo, sem limites de tempo e espaço, como a explosão de uma memória infinita. É o extremo oposto de um dia de Gre-Nal. Pelas paredes do estádio que recebe um clássico gaúcho, não passam lembranças, não interessa o passado – ninguém tem família, emprego, problemas. É tudo futebol. É tudo agora.
E o agora do Inter era vencer o Grêmio e ir à Libertadores. E o agora do Grêmio era impedir que isso acontecesse. Nada mais importava. Duas instantaneidades diferentes: uma apressada, afobada pelo gol; a outra parcimoniosa, dando tempo ao tempo. Desde o primeiro segundo de jogo, o Inter tentou acelerar os ponteiros do relógio do Gre-Nal. E o Grêmio, no primeiro tempo, conseguiu dar corda lenta neles.
Existe quase uma lei no clássico gaúcho: se é Gre-Nal, que se olhe para D’Alessandro. Se teve alguém chamando cada pedaço do couro da bola no primeiro tempo, foi o camisa 10. Se teve alguém disposto a arriscar de longe (uma, duas, três, quantas vezes fosse necessário), era D’Alessandro. Ele coordenou a tomada de espaço ofensivo do Inter. Mesmo bem marcado (por Fernando, geralmente), conseguiu incomodar. Mas o Grêmio teve Victor.
Foram quatro chutes do camisa 10 nos 45 minutos iniciais. Um foi para fora, e outros três foram espalmados pelo goleiro – vítima do argentino em outros clássicos. Victor ganhou no primeiro tempo. Passou por ele o 0 a 0.
A calma do Grêmio, porém, não foi sinônimo de falta de ambição, de desinteresse. Longe disso. Os visitantes foram ao ataque – embora sem sucesso. Muriel teve que se virar duas vezes – uma em chute de Marquinhos, outra em batida de Douglas. E ainda viu uma bola encontrar sua trave. Foi aos 28 minutos, com Marquinhos, em chute pela esquerda de ataque. Quase.
A pressa fez o Inter tropicar nas próprias pernas em parte de suas investidas ofensivas na etapa inicial. Leandro Damião não esteve bem. Gilberto correu mais do que as jogadas exigiam.
Oscar foi a contrapartida. Ele se apresentou como boa alternativa pela direita. Teve vitória pessoal. Em dois cruzamentos, quase levou o Inter a pular na frente. No primeiro, a bola desviou na zaga, e Leandro Damião conseguiu se atirar nela, mas sem precisão; na outra, Gilberto não conseguiu dar um toque que fatalmente renderia gol.
O Inter voltou voando no segundo tempo. E, de novo, sem precisão. O Grêmio, com mais organização do que pressa, seguiu ameaçando. Marquinhos bateu colocado, obrigando Muriel a fazer boa defesa. E aí Douglas quase fez história. Aos oito minutos, mandou cobrança de escanteio. A bola viajou. Cortou o céu do Beira-Rio. Atravessou a área. E parou no travessão de Muriel. Faltou um triz, um milímetro, para ser gol olímpico.
Virou jogaço. O Inter respondeu. D’Alessandro, sempre ele, acertou a rede por fora. Índio, histórico em Gre-Nais, cabeceou muito perto do gol. Cá e lá, lá e cá, cá e lá, lá e cá. Uma hora o gol sairia. E foi de pênalti.
Eram 14 minutos de um Beira-Rio que espumava tensão quando a bola caiu nos pés de Oscar. Ele estava dentro da área, frente a frente com Fábio Rochemback, feito num filme de faroeste, olhos nos olhos. Quem fosse mais rápido, venceria; quem sacasse sua arma primeiro, venceria. Oscar deu a finta. Rochemback esticou a perna. Pênalti.
O torcedor, esperto que é, não precisaria pensar muito para adivinhar quem pegou a bola para cobrar. Quanta história, quantos duelos, quanto significado naqueles segundos, pesados feito chumbo, em que D’Alessandro ficou separado de Victor por uma bola posicionado sobre a marca do pênalti. O argentino correu. E chutou. E viu Victor pular. E viu a bola entrar no cantinho, mansa – bola de Libertadores.
Era a maior notícia do mundo para os colorados. O Inter, com gol de seu ídolo máximo, de seu grande craque, estava indo para a Libertadores. O Beira-Rio entrou em surto. Mas havia uma eternidade pela frente – no jogo do time colorado e de seus concorrentes diretos por vaga na Libertadores.
Miralles entrou bem no Grêmio, em um aviso de que o jogo jamais poderia ser considerado história encerrada. O Inter poderia ter ampliado. Victor defendeu chute colocado de Leandro Damião. E caiu nos pés de Gilberto para evitar gol feito.
Celso Roth, em sua despedida, ainda tentou colocar Lúcio. Também Leandro. Mas não conseguiu o gol do empate, o gol que seria uma desgraça para os colorados. O Inter levou o jogo até o fim, garantiu a vitória, garantiu a vaga. E encerrou 2011 por cima.
Está encerrado o ano. Vem aí 2012, com novos Gre-Nais, com a Libertadores da América, com mais episódios dessa formação da identidade dos gaúchos - para quem o futebol é muito mais do que um jogo de bola.




@Leonardoimortal